Ainda há muito a ser mudado com relação a comunidade LGBTQI+ e a equidade destinada as mulheres em geral. Contudo o dia de hoje é para trazer à tona debates relacionados a uma “minoria” dentro das próprias “minorias”.
O dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado no dia 29 de Agosto, faz referência ao primeiro Seminário Nacional de Lésbicas ( Senale) realizado na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1996. Neste seminário foi abordado temas a respeito da violação de direitos da mulher oriundos de sua orientação sexual.
Mas porquê essa data seria necessária?
A data de hoje busca difundir a invisibilização e reflexões a respeito de violências - físicas e psicológicas - sofridas por mulheres Lésbicas pela sociedade.
Em 2.300 anos antes de Cristo, a princesa e sacerdotista Enheduana teria destinado poemas que exaltasse a sensualidade e beleza a Deusa do Amor e da Guerra, referindo-se a ela como esposa. Segundo a maioria dos historiadores este seria o primeiro texto poético criado por uma mulher.
Em 1770 a.C. no código de Hamurabi ocorre a primeira menção homoafetiva feminina, designando seus direitos, como inúmeras esposas e hereditariedade por exemplo.
Entre 630 - 560 a.C. na Ilha de Lesbos, Safo era responsável pelos primeiros documentos de amor feminino. Por conta disto, o termo “lesbianismos” fazia referencia a mulheres que se relacionavam de forma amorosa entre si.
Eu poderia continuar listando inúmeros registros de mulheres lésbicas na sociedade e como a própria história tentava ocultá-las, ou aprofundar sobre como não era fácil ser mulher, muito menos mulher lésbica, mas prefiro usar o espaço de hoje para agradecer tantas e tantas mulheres que lutaram para que dias como este pudessem ser ao menos debatido.
Mulheres estas que não tiveram muita referência sobre pessoas como elas, alguém que pudesse dizer tudo bem você ser como é, que amor é amor e em vez de fiscalizar relações afetivas a população deveria destinar sua prioridade para temas urgentes, que de fato lhe dizem respeito, como fome, saúde, educação, combate a corrupção e tantos outros.
Hoje temos inúmeras mulheres que se expõem a fim de quebrar esteriótipos, dar maior visibilidade, representatividade e ser referência para as gerações que estão surgindo.
Temos canais no youtube como Louie Ponto, Apto 202, Tá Entendida, temos Podcast no spotify como Podcastão da Lela Gomes e Juliana de Paiva, temos atrizes, cantoras e apresentadoras que usam o alcance de sua voz para dizer que não importa com quem estejam se relacionando, são pessoas normais, querendo o mesmo que todo o mundo: SER FELIZ!
Para o armário elas não irão voltar, então melhor quebrar essa caixa coberta de preconceito!
As mulheres Lésbicas existem e merecem- devem ser respeitadas!
Seja você, Seja Lisbela!
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